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Alunas do Curso de Farmácia da USF conquistam 1° Lugar no 16º Congresso Nacional de Iniciação Científica

28/11/2016
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Alunas do Curso de Farmácia da USF conquistam 1° Lugar no 16º Congresso Nacional de Iniciação Científica
 Seguindo a tendência mundial de vegetalização das matérias-primas utilizadas em cosméticos, as alunas Noélle Perussi Oliveira e Marta Franciely Lopes Rocha do Curso de Farmácia, do Campus Campinas (Unidade Swift) orientadas pela professora Dra. Iara Lúcia Tescarollo do Grupo de Pesquisas em Meio Ambiente e Sustentabilidade/ USF (GPMAS/USF), idealizaram a fórmula de um esfoliante corporal 100% vegetal, produzido a partir de sementes de café torrado, oriundos de produção orgânica. Este novo esfoliante corporal, traz como proposta o uso de derivados vegetais como alternativa para a substituição das microesferas de polietileno. O produto também foi formulado com base autoemulsiva obtida a partir do óleo de oliva, além da glicerina vegetal e ingredientes PEG-Free (livre de polietilenoglicol), Paraben-Free (livre de parabenos), portanto, obtido de maneira sustentável e eco-friendly. A aluna Elisa da Cruz Felippim, do Curso de Farmácia – Bragança Paulista, adotou a idéia e viabilizou o trabalho para produção de artigo e apresentação em congresso.

O trabalho foi inscrito na categoria “Concluído” do 16º Congresso Nacional de Iniciação Científica (CONIC), realizado pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), realizado no dia 26 de novembro. O CONIC premiou os melhores trabalhos “concluídos” e “em andamento” em cinco áreas do conhecimento: Ciências Biológicas e Saúde, Ciências Exatas e da Terra, Ciências Humanas e Sociais, Ciências Sociais Aplicadas e Engenharias e Tecnologias. Foram mais de 4 mil inscritos no evento.

O trabalho “Pó de café como alternativa ao uso de micresferas de plástico na produção de cosméticos esfoliantes” foi eleito 1º colocado como melhor trabalho na área de Ciências Biológicas e Saúde. Os ganhadores de cada uma das cinco categorias foram premiados em R$ 3.000,00 nos trabalhos “concluídos”. Profa. Iara Tescarollo destaca “o projeto foi idealizado a partir de Metodologia Ativa desenvolvida no 5º Semestre do Curso de Farmácia, sendo adaptado para um projeto de Iniciação Científica, e finalizado através de um Trabalho de Conclusão de Curso”. Acrescenta ainda que “a nova geração de alunos/USF apresenta um grande potencial quando o assunto é pesquisa, desenvolvimento e inovação. Basta aplicar os estímulos necessários, eis o resultado”.

A proposta premiada consegue integrar as áreas de saúde, beleza, meio ambiente e sustentabilidade, questões convergentes nos dias atuais.

O tema meio ambiente ganhou importância nas discussões empresariais nos últimos anos devido a uma série de contingências que têm afetado o planeta e, consequentemente, a vida das pessoas. Esforço mútuo entre pesquisadores e empresas busca soluções para mitigar os efeitos negativos de suas ações ao meio ambiente, por inovações sustentáveis, percebidas tanto no método de produção, quanto na criação e desenvolvimento de produtos que provoquem menor impacto ao meio ambiente. Adicionalmente, os consumidores preocupados com o destino do planeta buscam produtos, ou serviços, de empresas que compactuam dessa preocupação.

A indústria cosmética, por exemplo, tem investido em inovações e tecnologias mais limpas, no desenvolvimento de produtos com menor impacto ambiental e procura transmitir esses valores ao consumidor. Neste cenário de mudanças, um dos últimos fatos que impactaram o setor, sobretudo o de Higiene Pessoal, foi a amplitude que tomou um movimento internacional denominado Beat the Microbead (Combata as Microesferas), principalmente depois que o presidente Barack Obama (EUA) proibiu em 2015 a fabricação e comercialização de cosméticos que contenham microesferas de plástico em todo território americano.
Hoje, muitos produtos de higiene pessoal como esfoliantes e cremes dentais, contem microplásticos. Este é o caso das microesferas de polietileno aplicadas como esfoliantes, com a intenção de incentivar a renovação celular do tecido cutâneo pela fricção mecânica destas microesferas contra a pele, em cremes dentais e em diversas outras formulações cosméticas, como cremes corporais e faciais esfoliantes, sabonetes líquidos e em barra esfoliantes, e outros. A partir de vários estudos ficou evidente que o uso de produtos com Polietileno tem causado grande impacto ambiental, pelo fato deste não ser um ingrediente biodegradável e levar aproximadamente 400 anos para se degradar. Além disso, estas microesferas apresentam compatibilidade molecular com poluentes químicos, formam complexos tóxicos que se acumulam no ambiente, podem ser ingeridos por animais aquáticos, comprometendo a cadeia alimentar. Na Europa, a associação Cosmetics Europe, estabeleceu o ano de 2020 como data limite para a supressão do uso desses ingredientes em produtos cosméticos.

Também participaram do CONIC os seguintes professores e alunos, sendo 4 trabalhos do GPMAS:

1- Vanessa Cristine De Marco Matos Dos Santos e Teresa de Jesus Estevam Pereira. Tema: Reaproveitamento de sementes de romã para produção de formulações de géis esfoliantes. Orientadora: Profa. Dra. Iara Lúcia Tescarollo – Farmácia Campinas/ GPMAS.

2- Letícia Marin. Tema: Estudo da viabilidade de obtenção de PANI em meio de rejeito industrial contendo íons de de ferro III. Química. Dra. Roberta Martins da Costa Bianchi –GPMAS.

3- Jéssica Cristina Ferreira De Faria. Tema: Estudos visando a síntese de biodiesel a partir do óleo de coco verde. Profa. Ms. Rosana Z. Baú.

4- Lucas Zorzi. Tema: Reaproveitamento de dispositivos computacionais para implantação de ambiente para computação em nuvem. Prof. Marcelo Augusto G. Bardi - GPMAS

5- Núbia Corrêa Silva. Tema: Aplicação de coagulante vegetal a base de tanino no tratamento físico-químico de efluente têxtil. Prof. Ms José Pedro Thompson Jr. - GPMAS

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