O Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências da Saúde da Universidade São Francisco (USF) vem estabelecendo parcerias com instituições internacionais, a fim de atrair estudantes estrangeiros, bem como promover um ambiente multicultural aos nossos alunos.

Desde agosto de 2022, o Laboratório de Microbiologia Molecular e Clínica da USF está recepcionando a aluna de doutorado Maria Lorena Carmona Orozco, da Universidade de Antioquia (UdeA), na Colômbia, um intercâmbio que faz parte de uma colaboração internacional estabelecida entre os professores Lúcio Fábio Caldas Ferraz, do PPG Ciências da Saúde da USF, e Luis Fernando Echeverri López, da UdeA.

A pesquisa em desenvolvimento pela doutoranda Lorena visa identificar compostos naturais com potenciais efeitos antimicrobianos, e está sendo conduzida no sob a orientação do Prof. Dr. Lúcio Ferraz. “Pretendemos investigar como determinados compostos naturais podem interferir nos mecanismos de comunicação entre as bactérias, conhecidos como quorum-sensing, e de que modo essa interferência pode impactar na capacidade dos patógenos em formar biofilme”, disse o professor Lúcio. De acordo com os pesquisadores, o biofilme é um importante fator de virulência em bactérias patogênicas, e a utilização de compostos naturais se apresenta como uma estratégia promissora para lidar com infecções de difícil tratamento, sobretudo em um cenário atual de disseminação em ritmo alarmante de bactérias multirresistentes aos antibióticos. Ainda, segundo o professor Lúcio, “colaborações internacionais são fundamentais neste tipo de pesquisa, dada a complexidade no desenvolvimento de tais compostos”.

Outras duas alunas de medicina, Nadine Hassan, do Egito, e Margherita Altesini, da Universidade de L’Aquila, Itália, estiveram na USF nos meses de setembro e outubro pela parceria da universidade com a Federação Internacional das Associações dos Estudantes de Medicina do Brasil (IFMSA). As alunas acompanharam atividades de laboratório, sob tutoria da Prof. Dra. Juliana Mozer Sciani, também do PPG Ciências da Saúde, no projeto “Avaliação de secretases, catepsinas e inflamassomos na Doença de Alzheimer: novos alvos terapêuticos e tratamentos”, que visa entender melhor o mecanismo bioquímico da doença e poder encontrar novas alternativas farmacológicas de tratamento.