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Ex-alunas do curso de Arquitetura e Urbanismo da USF recebem Menções Honrosas do prêmio “Projetando o Futuro” na sede do CAU/SP

11/12/2023
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Ex-alunas do curso de Arquitetura e Urbanismo da USF recebem Menções Honrosas do prêmio “Projetando o Futuro” na sede do CAU/SP

No dia primeiro de dezembro, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP), promoveu uma cerimônia de apresentação dos projetos agraciados pelos prêmios Construindo o Presente 2022 e Projetando o Futuro 2023, sendo o segundo dedicado às boas práticas em Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC). Na ocasião, a Universidade São Francisco (USF), foi contemplada em três prêmios, recebidos por duas ex-alunas.

Dentre as 181 inscrições em Chamamento Público, o Conselho selecionou 30 Menções Honrosas, além de 28 Destaques de Equidade e Diversidade. Nessa amostra, o curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade foi representado pelos projetos premiados de Isabella Bocaletto (ex-aluna pelo Câmpus Itatiba) e Mariana Cene (ex-aluna pelo Câmpus Campinas), que desenvolveram e defenderam seus Trabalhos Finais de Graduação em 2022.

O prêmio, anunciado a partir do Chamamento Público 001/2023, busca conhecer, reconhecer e divulgar boas práticas em trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), desenvolvidos nas Instituições de Ensino Superior (IES), do Estado de São Paulo, nos cursos de graduação de Arquitetura e Urbanismo. O objetivo é valorizar a trajetória acadêmica construída pelos docentes e alunos, contemplando projetos que apontam para o futuro da Arquitetura e do Urbanismo.

Os docentes da Universidade Me. Daniela Colin Lima e Me. Guilherme Carpintero de Carvalho, que orientaram os trabalhos premiados, também participaram da cerimônia.

O projeto “As Dimensões do Ocupar: Caracterizando as Ocupações do Centro de São Paulo”, defendido por Isabella Pereira Bocaletto, recebeu menção honrosa na Categoria VI - Habitação de Interesse Social. Trata-se de uma pesquisa debruçada sobre processos de dimensionamento e caracterização de ocupações em edifícios ociosos em bairros centrais na cidade de São Paulo. Ao tomar o lapso de dados integrados e de planos de ação sustentados por políticas públicas como objeto a ser refletido, o projeto classifica essas ocupações em tipologias a partir de padrões edilícios, de ocupação e de demanda, constituindo, portanto, uma metodologia.

A aquisição de um imóvel e seu estado de conservação, são fatores basilares em um exame de viabilidade para reabilitação. Percebe-se que ambas as condições influem no custo final de um processo tangenciado por vários objetos passíveis de análise: a situação jurídica, a legislação que incide sobre o espaço ocupado, o histórico de uso do edifício, o programa arquitetônico imposto e sua morfologia, seu estado geral de conservação e, na pesquisa proposta, questões próprias da ocupação, uma vez que a leitura intencionada não incide somente sobre edifícios ociosos (embora vários dos temas levantados possam ser utilizados para compreender um universo de imóveis desocupados), mas aos que já estão operando contra hegemonicamente como moradia: o tempo de ocupação, a existência ou não de regimento interno, presença de figuras de liderança e participação de assessorias técnicas, por exemplo, também se mostram passíveis de exame, uma vez que refletem diretamente nas condições gerais de uma ocupação, quando entendidas em conjunto com aspectos jurídicos e edilícios.

Concluiu-se que estes são temas distintos, mas que, fatalmente, se atravessam. Nesse sentido, essas ‘’grandes áreas’’ se desdobraram em variáveis específicas, de modo a compor um conjunto de disciplinas e especificidades.

O Índice de Viabilidade de Reabilitação (IVR), desenvolvido como produto da pesquisa, foi ensaiado em quatro ocupações na capital, a partir de análise documental e visitas de campo.

O trabalho “PERCURSO: mobilidade urbana e gênero”, apresentado por Mariana Cene, além da menção honrosa na Categoria IV - Projeto de Arquitetura Efêmera, recebeu destaque em Equidade e Diversidade. O projeto em questão visa analisar a experiência urbana da mulher, especialmente com relação à mobilidade e espaço urbano da cidade de Santos - SP.

Para tanto, se faz necessário compreender, sob a perspectiva de gênero, o direito à cidade, através de pesquisas bibliográficas, mapas e dados. Com base nisso, foi possível trazer percepções que possam colaborar para uma cidade mais segura e democrática para mulheres, através da proposta de um Guia Projetual Para Equipamentos Públicos Sob a Perspectiva de Gênero, com propostas de equipamentos de baixo custo, fácil execução e itinerantes -  fraldário, banheiros públicos, paradas de ônibus, totem de segurança e bicicletários - bem como diretrizes para um aplicativo de celular que abrange os temas da segurança e mobilidade, a fim de atender a real experiência da mulher na cidade.

Abaixo, a ficha técnica dos trabalhos premiados desenvolvidos no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade São Francisco:

 

Título: “As Dimensões do Ocupar: Caracterizando as Ocupações do Centro de São Paulo”

Prêmio: Menção Honrosa

Categoria do trabalho: Habitação de Interesse Social

Premiada: Isabella Pereira Bocaletto

Orientador: Me. Guilheme Carpintero de Carvalho

 

Título: “PERCURSO: mobilidade urbana e gênero”

Prêmio: Menção Honrosa e Destaque de Equidade e Diversidade

Categoria do trabalho: Projeto de Arquitetura Efêmera

Premiada: Mariana Cene da Silva

Orientadora: Me. Daniela Colin Lima

Os projetos vencedores permanecerão expostos no saguão do térreo da sede do CAU/SP no Centro Histórico de São Paulo até o mês de março (Endereço: Rua XV de Novembro 194 – próximo à estação do metrô São Bento).

Fotos: Reprodução CAU/SP

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