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Conversa Sem Vergonha: Métodos Preventivos para Adolescentes

17/10/2022

Indubitavelmente o Brasil enfrenta um grande problema de saúde pública em relação à gravidez precoce. No ranking mundial está em 7° lugar como o país que mais possui gravidez na adolescência, dado que revela grande negligência em relação aos jovens e sua educação sexual. Ainda, pontuando que uma gravidez se dá por relação sexual desprevenida é possível evidenciar um problema ainda maior: a disseminação de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Dessa forma, se faz notória a necessidade de medidas que busquem a educação de adolescentes no âmbito da vida sexual, uma vez que a única forma de não se contaminar é se prevenindo. Inclusive, existem inúmeros métodos contraceptivos, mas o preservativo - que é o mais eficaz e seguro para prevenir ISTs - é dado gratuitamente em postos de saúde e ainda assim muitos jovens não fazem uso do mesmo. Qual será o motivo que leva um jovem a não se prevenir de algo tão sério e perigoso para sua própria vida? Dados do Ministério da Saúde revelam que entre 2010 e 2020, o número de casos confirmados de sífilis no Brasil saltou de 3.936 para 115.371, um valor extremamente assustador que ressalta a relevância de projetos de extensão que visem a educação sexual em escolas. Sendo assim, uma das formas encontradas para abordar jovens e esclarecer dúvidas sobre a prevenção de ISTs se dá pela Educação em Saúde. O artigo 200 da Constituição Federal de 1988, em seu inciso III, atribui ao SUS a competência de ordenar a formação na área da Saúde, dessa forma, as questões da educação em saúde passam a fazer parte do rol de atribuições finalísticas do sistema. Portanto, uma vez que a educação em saúde é prevista por lei, cabe ao SUS, como sistema institucional, e a nós, estudantes e profissionais da área da saúde, nos engajarmos em ações que cumpram as leis. O formato de abordagem desenhado pelo projeto de extensão “Conversa sem vergonha: Métodos preventivos, gênero e sexualidade para adolescentes” está delineado em 3 encontros presenciais com os alunos da escola que receberá o projeto. Num primeiro encontro será deixada uma caixinha para que os alunos coloquem as suas dúvidas com relação à temática. No segundo encontro será a parte prática, os alunos serão agrupados em 6° e 7° anos juntos e 8° e 9° ano juntos. Para o grupo do 6° e 7° ano será feito um jogo de tabuleiro, onde as dúvidas que eles colocaram na caixinha serão as perguntas do jogo. Para o 8° e 9° ano será um jogo de perguntas e respostas em formato de cartões. Já no terceiro encontro, mesmo separando em 6° e 7° ano e 8° e 9° ano, ambos os grupos receberão a caderneta do adolescente, aprenderão sobre seu preenchimento e utilização e o formato será de roda de conversa. O objetivo que se pretende alcançar com este projeto é a disseminação de informações que promovam a prevenção em saúde sexual dos adolescentes de uma escola de Bragança Paulista e, futuramente, de todas as escolas do município, se possível.