Programa de Pós-Graduação em Educação abre o semestre com debate internacional sobre uso ético da IA

O Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação deu início ao segundo semestre com a conferência “Do uso ético da IA na investigação em educação – Estratégias, recomendações e políticas institucionais para uma cultura de integridade académica”, ministrada pela Profa. Dra. Ana Paula da Silveira Simões Pedro, da Universidade de Aveiro, Portugal, e que contou com a mediação da Profa. Dra. Sônia Aparecida Siquelli, docente do programa.

O encontro promoveu uma reflexão crítica sobre os desafios e possibilidades do uso da Inteligência Artificial na pesquisa em educação, enfatizando a necessidade de transparência, rastreabilidade e responsabilidade no manuseio de dados e ferramentas digitais. A professora destacou a importância de processos de validação humana, da proteção de dados e da definição de políticas institucionais que assegurem uma cultura de integridade acadêmica.

A atividade integrou teoria e prática ao propor rodas de conversa e trabalhos em grupo, nos quais estudantes puderam problematizar o uso da IA em diferentes etapas da pesquisa, refletindo sobre limites metodológicos, vieses algorítmicos e critérios de citação e autoria.

A presença da docente portuguesa conferiu à abertura do semestre uma dimensão internacional, reforçando que o debate sobre a IA e seus impactos na educação ultrapassa fronteiras nacionais e exige diálogo entre universidades e centros de investigação de diferentes países. Essa troca de experiências e referenciais é fundamental para a construção de políticas mais sólidas, capazes de equilibrar inovação tecnológica, rigor científico e responsabilidade social.

O debate reforça que a IA pode qualificar processos de pesquisa, desde a organização de corpus até análises exploratórias, sem substituir o julgamento científico. Ao promover o diálogo internacional com a Universidade de Aveiro e redes como o GPEAT (Portugal, Brasil e Angola) e o GIACE (Espanha), o PPG amplia referências, compara marcos regulatórios e alinha políticas institucionais a padrões globais de integridade — passo essencial para formar pesquisadores capazes de refletir os possíveis usos da IA com rigor, responsabilidade e impacto social positivo.