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32ª Semana Médica aprofunda debates sobre Medicina Esportiva

12/05/2014
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32ª Semana Médica aprofunda debates sobre Medicina Esportiva
A Copa do Mundo e as Olimpíadas em 2016 têm motivado profissionais da Saúde a atualizarem seus conhecimentos, especialmente, no que compreende as especialidades dedicadas ao esporte. E foi essa a direção da XXXII (32ª) Semana Médica, promovida por docentes e alunos do curso de Medicina da Universidade São Francisco (USF), entre os dias 6 e 8 de maio. O ciclo de palestras e minicursos, encerrado na última quinta-feira (9), teve como tema central “Medicina Esportiva: orientando e exercitando a saúde”.

De acordo com o coordenador do curso de Medicina, Prof. Luiz Fernando Paulin, um dos principais aspectos do evento é participação dos alunos na organização. “A grande importância da Semana Médica, além da atualização científica, está no aluno como elemento fundamental na organização do evento”, explicou.

Para a aluna presidente, trabalhar em equipe foi um dos principais aprendizados. “O evento dependeu dos professores, diretores, polidiretores e os alunos que entraram em cada comissão. Acho que isso foi muito importante para todo mundo aprender a trabalhar em equipe”.

A abertura, na terça-feira (6), contou com a presença de personalidades do esporte como: o ex-jogador Marcelinho Carioca; Marco Aurélio Cunha, dirigente do São Paulo FC; Candinho, coordenador técnico da Portuguesa; Alberto Pochini, do Centro de Traumatologia do Esporte/Unifesp; e Paulo Zogaib, médico da Sociedade Esportiva Palmeiras.

Os participantes suscitaram discussões sobre a evolução da avaliação do atleta dentro dos clubes de futebol, mediante aplicação de novos conhecimentos científicos associados à tecnologia. Dr. Alberto Pochini (CETE/Unifesp) observou que “o esporte precisa ser multidisciplinar, com a máxima interação entre os profissionais, visando benefícios ao atleta”. Foi discutida também como a mudança da medicina esportiva no Brasil faz com que nossos atletas que vivem no exterior procurem cada vez mais os serviços nacionais. Marcelinho Carioca reforçou a importância da cultura e formação do ser humano, além da base familiar, na vida esportiva; destacou, também, a responsabilidade social do atleta.

Na quarta-feira (7), um dos destaques foi a presença da Dra. Giovanna Medina (Comitê Paraolímpico Brasileiro), que destacou que os atletas paraolímpicos chegam perto dos recordes dos olímpicos e se saem melhor do que as mulheres olímpicas, evidenciando o potencial que esses atletas têm em superar seus próprios limites.

No mesmo dia, o Dr. Carlos Tadeu Moreno, coordenador do Departamento Médico do Centro Olímpico de São Paulo e consultor do clube Red Bull de Futebol, palestrou sobre a formação do atleta olímpico no Brasil. Referindo-se ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que organiza grandes eventos do Brasil em jogos olímpicos, destacou a inserção do atleta na escola, promovido pelo COB, situação em que os jovens são incentivados ao esporte desde o colégio, democratizando o acesso às modalidades.

E o encerramento, ocorrido na quinta-feira (8), teve, entre outras, as palestras ministradas pelo Dr. Alexandre Busse (FMUSP); do Dr. Moisés Cohen, coordenador do Centro Médico da FIFA na UNIFESP; Dr. André Pedrinelli, Gerente médico de São Paulo para a Copa 2014; e Dr. Osmar de Oliveira.
Durante a palestra, o Dr. Alexandre Busse abordou, em linhas gerais, as diferenças entre os idosos que praticam esportes e os que não praticam. O geriatra ressaltou que o Brasil está envelhecendo rápido, e que em 2050 terão mais idosos no país do que jovens até 20 anos de idade. As consequências imediatas serão o maior aparecimento de doenças crônicas que merecerão maior cuidado.

A palestra com o tema “Lesões por sobrecarga no esporte”, foi ministrada pelo Dr. Moisés, que focou no tema sobre lesões do joelho, também denominada lesões “overuse”.

O Dr. Osmar de Oliveira comentou sobre a história da medicina do esporte, abordou ainda sobre o teste de Cooper - correr por 12 minutos e analisar o quanto correu - que foi originado nos Estados Unidos e foi trazido ao Brasil por Carlos Alberto Parreira. Além de contar várias histórias de jogos memoráveis como a final entre Brasil e Itália.

Dr. André Pedrinelli ministrou o último modulo do evento, abordando a missão dos serviços médicos durante a Copa do Mundo, que constitui em prover assistência médica nos mais altos padrões internacionais para jogadores, comissão técnica, árbitros, dirigentes, comitê organizador, convidados e espectadores.

Totalizando três dias divididos entre palestras e minicursos, a 32ª Semana Médica trouxe para Bragança Paulista os nomes mais importantes do cenário esportivo nacional e conseguiu reunir alunos, professores e pesquisadores de instituições de ensino de todo o estado e América Latina.

“A Semana Médica se consolida, ano a ano, como um ciclo de estudos democrático e que recebe não apenas médicos, mas também nutricionistas, fisioterapeutas e educadores físicos. Estes profissionais participaram em peso nesta edição”, orgulha-se o Prof. Nilson Nonose, docente responsável pelo evento.